quinta-feira, fevereiro 11, 2010
Grapheine
No Bombay TV fazem-se filmes mais imediatos e mais curtos, é bom para descontrair. O Classik TV já requer um pouco mais de tempo, um maior sentido de coordenação da história, um pouco mais de imaginação... mas tudo é possivel!
Acho que já não vou a tempo dos óscares deste ano, mas em 2011 pelo menos sete vão ser meus...
A Morte saíu à rua...
terça-feira, fevereiro 09, 2010
A espera...
segunda-feira, janeiro 04, 2010
sexta-feira, novembro 27, 2009
(Re)Começar
segunda-feira, novembro 23, 2009
(In)Tolerância
sexta-feira, novembro 20, 2009
Realidade
Saudades
Fez no Domingo um ano que esta velhota encheu uma igreja, encheu uma estrada de gente, encosta acima, para se despedir dela uma última vez. Gente triste, de lágrimas nos olhos por a ver partir, mas felizes por termos tido a sorte de a conhecer. Velhos, menos velhos, jovens, adolescentes, crianças, no meio da dor de a perder, notava-se em todos uma especie de felicidade, de serenidade, porque era de uma grande mulher que nos estávamos a despedir, e a todos, de uma forma ou de outra, ela tocou. Mais do que para dizer adeus, juntou-se uma multidão para dizer Obrigado! Deus acedeu ao seu pedido. Morreu de repente, sem sofrer, sem dar trabalho a ninguém, sem entrar em decadencia... A última imagem que tenho dela é de duas semanas antes, a rir e a chorar ao mesmo tempo e a rabujar "mas para que é que é isto, havia alguma precisão de fazer isto...", atrás do seu bolo de aniversário, a apagar as velas antes de nós acabarmos de cantar... Acredito que, com todas as dificuldades que teve na vida, foi feliz. Teve uma vida que valeu a pena. E, como ouvi alguém dizer, de certeza que todas as crianças do céu estavam à espera dela para a receber... e eu acrescento que o meu avô também.
Fez no Domingo um ano que eu fiquei mais pobre. Perdi uma das grandes referencias da minha vida. Fica a saudade, as memórias e as recordações, o Amor que ela me tinha, nos tinha, porque esse só há-de morrer quando o último de nós morrer... e fica aquele sorriso meio envergonhado, emoldurado pelas rugas de uma face marcada por uma vida a sofrer pelos outros... Um grande beijo e um Muito Obrigado, Avó!
quarta-feira, novembro 18, 2009
Parabéns Calvin & Hobbes
Pois é, um dos meus heróis favoritos faz hoje 24 anos. Apesar de manter sempre os mesmos 6 anos, o Calvin faz hoje 24 anos. Foi em 18 de Novembro de 1985 que a primeira tira de Calvin & Hobbes foi publicada. Parabéns!
O Calvin e o seu inseparável amigo Hobbes são as minhas personagens de BD favoritas. Tanto assim que as minhas cadelas chamam-se Calvin e Susie e a minha gata, Hobbes. A cadela mais nova não se chama Miss Wormwood porque já era um nome mais complicado para a chamar... e a minha mulher não deixou.
O Calvin é aquele miúdo que tem uma visão do mundo que eu gostava de ter até morrer de velho, tem um sentido de humor corrosivo, tem uma inocência e uma matreirice que todos tinhamos quando erámos crianças mas que, ao longo dos anos, vamos perdendo... acima de tudo, nutre uma amizade enorme pelo seu grande Amigo. Sabe o que é ter um Amigo. Sabe ser Amigo. E isso é o mais importante daquelas tiras. A Amizade brutal entre aquele puto e o seu tigre de peluche. Que não é um tigre de peluche, para mim, o Hobbes é mesmo um tigre a sério. Pelo menos é um Amigo a sério!
Parabéns Calvin! Parabéns Hobbes!
quarta-feira, novembro 11, 2009
Sentido de Humor
Ontem estive a ler a entrevista do António Vitorino à "Única" e a frase dele "não confio em pessoas que não são capazes de se rir de si próprias" fez-me um "tlint". Não é tanto a questão de confiar ou não confiar, não sei se confio ou não em pessoas assim, trata-se acima de tudo de gostar... não gosto de pessoas que não se sabem rir de si próprias. Acho que o sentido de humor é das coisas mais importantes que temos, permite-nos não enlouquecer no dia-a-dia Mas o sentido de humor, a capacidade de rir com situações que, á primeira vista, até nem têm muita graça, tem de começar por nós próprios, senão, em vez de sentido de humor é estupidez. Gosto de rir. Acho que faz bem, é terapeutico. É o melhor anti-depressivo que existe. E antes de mais, rio-me de mim. Das situações em que me meto, das figuras de parvo que faço, das ideias estupidas que tenho. E depois rio-me com os meus amigos. Das situações em que eles se metem, das figuras de parvo que fazem, das ideias estupidas que têm. Já há muitos anos que, naquele grupo de Amigos a sério, nos tratamos uns aos outros por "palhaços". Somos os Palhaços! Rimo-nos de nós próprios, gozamos connosco e, de cada vez que estamos juntos, é uma terapia. Do riso, claro está, mas não só, porque nem só de riso vive o Homem. Vive também de coisas sérias. E as coisas sérias devem ser levadas a sério. Devem ser tratadas de forma séria. Mas devem ser vividas com humor.
Rir de nós próprios, gozar connosco, ver a vida pelo lado divertido, rir para não chorar... não é solução para montes de coisas, se calhar para quase nada, mas ajuda muito a viver melhor. Tal como o Brian, always look on the bright side of life...
Some things in life are bad
They can really make you mad
Other things just make you swear and curse
When you're chewing on life's gristle
Don't grumble, give a whistle
And this'll help things turn out for the best
And...
...always look on the bright side of life
{whistle}
Always look on the light side of life
{whistle}
If life seems jolly rotten
There's something you've forgotten
And that's to laugh and smile and dance and sing
When you're feeling in the dumps
Don't be silly chumps
Just purse your lips and whistle - that's the thing
And... always look on the bright side of life
{whistle}
Come on
Always look on the bright side of life
{whistle}
For life is quite absurd
And death's the final word
You must always face the curtain with a bow
Forget about your sin - give the audience a grin
Enjoy it - it's your last chance anyhow
So always look on the bright side of death
Just before you draw your terminal breath
Life's a piece of shit
When you look at it
Life's a laugh and death's a joke, it's true
You'll see it's all a show
Keep 'em laughing as you go
Just remember that the last laugh is on you
And always look on the bright side of life
{whistle}
Always look on the right side of life
{whistle}
Come on guys, cheer up
Always look on the bright side of life...
Always look on the bright side of life...
Worse things happen at sea, you know
Always look on the bright side of life...
I mean - what have you got to lose?
You know, you come from nothing
- you're going back to nothing
What have you lost? Nothing!
Always look on the bright side of life
sexta-feira, novembro 06, 2009
Voltei a escrever
Sorriu-me e, com toda a calma do mundo, como se quisesse guardar para sempre aquele momento, disse-me, entre um círculo de fumo e um gole de vinho:
- Quando conseguirmos realizar todos os nossos sonhos estaremos condenados à infelicidade ou à solidão…
Olhei-a, um pouco confuso. Não sabia se era do álcool, se da afirmação dela, mas aquela cena estava a parecer-me um bocado parva.
- Porquê?
- Imagina que o teu sonho era viver comigo numa cabana frente ao mar…
- Mas achas que eu queria alguma vez viver contigo??!!
- não interessa, imagina que era esse o teu sonho. Agora imagina que todos os nossos sonhos se realizavam… eu detesto o mar e ia ser infeliz junto ao mar… logo, tu ias ser infeliz também, porque eu estava infeliz…
- não percebi…
encolheu os ombros e riu, como que a dizer “nem eu percebi…”. Gostava de a ver rir. Tinha um riso largo, que a deixava ainda mais bonita, com duas covinhas na cara.
- vê lá se percebes o que eu quero dizer… - fez uma cara engraçada enquanto tentava perceber o que me queria explicar – o que eu quero dizer é que temos de ter cuidado com o que sonhamos, porque podemos arriscar a que o sonho se concretize… - fez uma pausa.
- e…???
- e então, pode não ser o que estávamos á espera!
- Mas pode ser..!!?
- E achas que vale o risco?
- Então não vale, é um sonho nosso…!!!
- Mas o problema é que nós só sonhamos o principio das coisas…
- hã? – já não era ela, era o álcool.
- Sim! – deve ter começado a perceber a ideia que me estava a vender e começou a entusiasmar-se – volta a imaginar que estavas apaixonado por mim e que o teu grande sonho era viver comigo numa cabana em frente ao mar…
- Ok, já estou a imaginar…
- E então?
- Então o quê?
- Como é que é?
- Como é que é o quê?
- Estamos os dois a viver numa cabana em frente ao mar, e depois?
- Então e depois nada! Estamos os dois muito felizes a viver numa cabana em frente ao mar…
- Pronto, aí está o problema! O teu sonho acaba quando começa a realidade. Acaba quando estamos os dois a chegar á nossa cabana nova em frente ao mar… e depois? No dia seguinte? E na semana seguinte? E daí a um ano? Éramos infelizes porque tu realizaste o teu sonho…
- ????
- Sim. Eu detesto praia, não gosto do mar, a areia irrita-me… e vivíamos de quê?
- Eu trabalho, tu trabalhas…
- Fazíamos uma hora e meia de caminho para cada lado para ir trabalhar… chegávamos a casa de rastos e sem paciência para nada… no inverno a barraca metia água por todos os lados…
- Cabana!
- Pronto, cabana. No verão fazia um calor que não se podia dormir… e os putos?
- Quais putos?
- Os nossos putos!
- O que é que têm?
- Como é que era a vida deles? Faziam castelos na areia, corriam atrás das gaivotas e apanhavam berbigão para se entreterem? Ou a barraca, cabana, tinha eletricidade?
- O quê?? Mas está a falar de quê?
- Dos nossos sonhos! Acabam quando começa a realidade! Nós idealizamos uma coisa, uma vida, alguém e vivemos em função de conseguir isso, mas não sonhamos para além disso…
- Mas isso é a vida…
- Repara que as histórias dos príncipes e das princesas acabam quando eles ficam juntos…
- Sim, ficam juntos e foram felizes para sempre!
- Foram o caraças!
- Mas como é que sabes que não foram?
- Olha lá, o príncipe encantado conhecia a bela adormecida de algum lado? Sabia se ela era ciumenta, se era chata, se tinha ideias parvas, se gostava de dançar, se queria ter filhos… não sabia nada dela! Sabia que era gira e queria aviá-la…
- Queria aviá-la? Se calhar queria, mas era mais do que isso, queria casar com ela. Por isso é que teve aquele trabalho todo para a encontrar…
- Ora aí está! – os copos estavam a fazer efeito. Já se julgava o melhor condutor do mundo – o sonho do príncipe era casar com a princesa que estava presa na torre,
- Com a bela adormecida!
- Uma gaja dessas, pronto. O sonho dele era ir salvar a miúda e casar com ela… então e depois? Passado um ano a gaja tinha-lhe derretido o dinheiro todo em jóias e roupa, andava enrolada com o melhor amigo dele, não a podia levar a lado nenhum que a gaja não mandava uma p’rá caixa…
- Mas como é que sabes?
- Não sei, mas ele também não! Por isso, como é que o sonho dele pode ser casar com ela?
- Porque está apaixonado por ela!?
- Ok, e então?
- Então o quê?
- Estão muito apaixonados um pelo outro, por isso casam e pronto, está o sonho concretizado… e depois?
- Então ignoramos os sonhos? Estou apaixonado por ti, nem durmo a pensar em ti, ando parvo porque só sonho estar contigo, tu, por acaso, também me achas engraçado e também gostas de mim, mas, como isto pode não correr bem, o melhor é estarmos sossegados cada um no seu canto… bem, se tu mandasses no mundo pelo menos não havia problemas de super população…
- Não, parvo!! O que eu quero dizer é que… o que eu quero dizer é que não podemos achar que…
- Que a vida é só rir e comer bolachas!
- Exactamente! Nós idealizamos certas coisas, achamos que quando conseguirmos isto ou aquilo, ou se conseguirmos isto ou aquilo, aí sim, a nossa vida vai ser uma maravilha e vamos ser felizes… mas não pensamos que quando lá chegarmos começam outros problemas…
- Mas isso é a vida, minha querida!
- Está bem, mas o que eu quero dizer… - já estava a ficar cada vez mais confusa – olha o que eu quero dizer é que tenho o copo vazio!!
- E o teu sonho é tê-lo cheio…? Mas sabes que, se eu o encher, tu vais bebê-lo e amanhã estás de ressaca… não podes sonhar só em ter o copo cheio. Se concretizares esse sonho as coisas a seguir podem correr mal…
- Vai-te foder e dá-me vinho!
A conversa continuou, ao mesmo ritmo da garrafa de tinto, sobre isto e sobre aquilo, mas acima de tudo sobre nada. Falávamos da vida. Das nossas vidas. De estarmos ali os dois, sentados em almofadas no chão da minha sala, das vidas que tínhamos antes um do outro, das que queríamos ter tido, das vidas que nunca iríamos ter… e de sonhos e esperanças que se foram perdendo e ganhando. E dos amigos. E dos sonhos e das esperanças dos amigos. E de coisas parvas. Abrimos mais uma garrafa e voltámos à carga das palavras. Se fosse um filme, a câmara ia andar pela sala de forma intimista, ia focar aquele golem que tinhamos trazido de Praga, voltava a um grande plano da cara dela, a mostrar a beleza lenta que ela tinha, afastava-se e mostrava um plano panorâmico da divisão onde estávamos, focava, de longe, um livro qualquer…ia haver uma atmosfera enfumarada, não em demasia, apenas as volúpias do fumo dos nossos cigarros a subir para o tecto, a dar aquela ar azulado à cena, com luzes baixas e ao fundo, entre as palavras, as minhas palavras e as dela, íamos ouvir, baixinho, um chill out qualquer…
segunda-feira, outubro 26, 2009
Gastronomia
O reverso desta medalha é o preço da coisa. Não só o preço financeiro, porque, em abono da verdade, a Gastronomia não é propriamente um sitio barato, mas enfim, é só uma vez por ano, como também o preço corporal pago no dia seguinte.
No Sábado passado já abrimos as hostilidades. Correu bem. Foi giro. Foi divertido. Encontrámos o André. Ontem ía morrendo de ressaca. Não fosse o Guronsan, alto patrocinador destes eventos e melhor amigo do Homem nestas alturas, e teria sido bem pior... Mas Sábado lá estaremos de novo para uma segunda rodada. E desta vez talvez consigamos apanhar os carrinhos de choque ainda a funcionar. Sim, porque já é uma espécie de tradição a voltinha nos carrinhas de choque após a expulsão da Casa do Campino. Não parece uma ideia muito saudável, realmente não é, mas é bem divertido!!!
sexta-feira, outubro 23, 2009
5-0
quinta-feira, outubro 22, 2009
Francisca
Eles dão trabalho. Sujam tudo. Estragam tudo. São uma prisão. São chatos. Comem que nem uns desalmados.Têm mau feitio. São ciumentos. São egoistas uns com os outros. São barulhentos. Portam-se mal. Largam pêlo por todo o lado. Deitam-se sempre no meio do caminho. Enchem-se de lama a carrapatos. Fazem buracos nos canteiros. Destroem as flores. Roem os moveis. Fazem necessidades onde não devem. Brigam uns com os outros. Ladram ao carteiro. Ladram a quem quer que passe na rua. Descobrem sempre alguma maneira de fazer asneira.
Mas a alegria sincera de nos ver quando chegamos a casa, a dedicação que nos têm, o carinho e a esperteza, ás vezes saloia, que demonstram... compensa isso tudo! Eles não são nossos, são da familia! A Francisca tem 3 meses. Deviamos dá-la a quem tratasse bem dela, mas... onde comem dois, comem três, não é?
quarta-feira, outubro 21, 2009
Buzludja
Não se pode pôr em foto a sensação avassaladora que Buzludja transmite... ainda bem! Há coisas que têm que ser feitas, ver não chega.
Estranho como o tempo
Estranho este tempo... chove mas não faz frio. E parece que amanhã já não chove. Se calhar é por causa do tempo que eu também estou estranho. Hoje.
quarta-feira, outubro 14, 2009
Partida, lagarta, fugida!!
Se há coisa que gosto é de ler e de escrever... e de falar, horas a fio, com as pessoas de quem gosto. Aqui vou fazer um bocadinho disso tudo. Mas, como se diz no título, não tenham muitas expectativas... eu tenho ideias muito parvas ou muito chatas, e algumas opiniões idiotas, também. E, como a minha vida não é bem esta, a periodicidade há-de ser vergonhosa.
Aguentem-se ou mudem de canal!!